Sindicato denuncia corte no café da manhã de trabalhadores na Belgo Bekaert Arames

Foto: Ascom Stim

O Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Feira de Santana denuncia a redução da alimentação fornecida aos trabalhadores da Belgo Bekaert Arames. A refeição matinal, antes composta por cuscuz, raízes, banana e outras opções, passou a ser servida de forma reduzida, oferecendo apenas pão, fruta e café. O corte atinge trabalhadores que iniciam seus turnos ainda de madrugada, muitos deles expostos a agentes químicos e a esforço físico intenso.

Para o presidente do sindicato, Thiago Azevedo, o impacto da medida vai muito além da insatisfação. Ele afirma que a alimentação é parte fundamental da segurança no trabalho.
“A pessoa chega às cinco da manhã para iniciar a jornada e precisa de energia para enfrentar oito horas de trabalho. O café da manhã é a principal refeição do dia para quem está na linha de produção. Não é aceitável que a empresa reduza a alimentação desse jeito”, declarou.

Trabalhadores relatam que o episódio se soma a um histórico de tensão entre a categoria e a empresa. Daniel Anunciação, funcionário da Belgo e dirigente sindical, explica que a luta coletiva é fundamental para garantir direitos.
“O sindicato sem os trabalhadores do seu lado não tem força. A defesa da alimentação é também a defesa da saúde e da dignidade de quem trabalha. Estamos unidos para cobrar o respeito que a categoria merece”, afirmou.

Outro dirigente, Fábio Dias, lembrou que refeições já haviam sido reduzidas anteriormente para os trabalhadores terceirizados.
“Primeiro tiraram o almoço de parte dos trabalhadores. Agora tiram o café da manhã e dizem que um pão resolve. Não é só sobre comida. É sobre respeito. Estamos falando de gente que sai de casa de madrugada para sustentar suas famílias”, afirmou.

Na manhã desta terça-feira, 11 de novembro, os dirigentes do sindicato estiveram na porta da unidade em Feira de Santana para dialogar com os trabalhadores. Uma reunião com o setor de Recursos Humanos, inicialmente prevista para hoje, foi adiada para a próxima quarta-feira(12). Segundo relatos recebidos pela entidade, a mudança no desjejum teria sido implementada em outras unidades da Belgo Arames no Brasil sob a justificativa de corte de gastos.

O Sindicato informou que solicitará reunião imediata com a direção da empresa e não descarta mobilizações caso o benefício não seja restabelecido. O STIM reforça que alimentação adequada é um direito básico do trabalhador. E direito não se corta.

 

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