CUT defenderá redução de jornada sem redução de salário no 1º de Maio

O fim da escala 6 X 1 é defendida pela CUT, mas a Central sempre reivindicou a manutenção de salários e o respeito às escalas de categorias que cumprem horários específicos como, por exemplo, a saúde

O apoio à Proposta de Emenda Constitucional (PEC), pela escala 6 X 1, a campanha da Redução da Jornada de Trabalho para até 40 horas semanais sem redução de salários estarão no centro das reivindicações da Central Única dos Trabalhadores (CUT) durante a Jornada Nacional de Lutas: 1º de maio, que inclui a Marcha da Classe Trabalhadora à Brasília, marcada para o dia 29 de abril. Mais informações sobre a Jornada Nacional de Lutas serão publicadas em breve.

Cronologia da luta da CUT

Esta não é a primeira vez que a CUT defende a redução da jornada. Desde 1985, um ano após a sua fundação, a Central passou a lutar por 40 horas semanais, cinco dias de trabalho, contra as atuais 44 semanais.

CUT - Arquivo
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Em 2000 a CUT e o Fórum Nacional de Lutas desencadearam esta jornada exigindo a suspensão do pagamento da dívida externa e dos seus juros, a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, reforma agrária e política agrícola, aumento geral dos salários e do salário mínimo, defesa dos direitos dos/as trabalhadores/as, fortalecimento e expansão das redes públicas de saúde e do ensino e a construção de casas populares. A primeira etapa da jornada culminou com a realização de grandes atos de 1º de Maio, tendo como referência nacional o ato no histórico Estádio de Vila Euclides, em São Bernardo do Campo, no estado de São Paulo.

CUT - Arquivo
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Ainda em 2000 durante o 7º Congresso da CUT (Concut), houve a aprovação  de  campanhas de lutas contra a precarização do trabalho, a luta pela redução da jornada de trabalho sem redução de salário, contra o banco de horas e as horas-extras, entre outras.

CUT - Arquivo
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As comemorações do 1º de maio de 2005 tiveram como temas: Redução da Jornada de Trabalho Sem Redução de Salários, Por Emprego, Renda Lazer, Educação, Reforma Agrária e Liberdade e Autonomia Sindical. Em todo o Brasil mais de um milhão e 300 mil trabalhadores saíram às ruas, sendo que na Avenida Paulista, em São Paulo, um milhão de pessoas atenderam o chamado da CUT e mesclaram o espírito de luta pelas reivindicações com muita festa e confraternização.]

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Ainda em 2005, na 11ª Plenária da CUT, a redução da jornada, sem redução de salário também foi uma das bandeiras do evento.

CUT-Arquivo
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Em agosto de 2006 durante a Campanha Unificada dos Trabalhadores a redução de jornada esteve também na pauta da CUT

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Em 2007, em Brasília houve uma mobilização popular, com mais de 20 mil cutistas de todas as regiões do Brasil, pelo atendimento de uma pauta de reivindicações entre elas a redução da jornada.

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No ano seguinte, em 28 de maio de 2008 durante o Dia Nacional de Lutas milhares de pessoas participaram de paralisações e manifestações em defesa da redução da jornada de trabalho sem redução de salários e da ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT, enviadas pelo governo Lula ao Congresso Nacional.

CUT -Arquivo
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Em 30 de março de 2009 a CUT e as demais centrais sindicais e os movimentos sociais se mobilizaram contra a crise e as demissões. Não às demissões, pela ratificação da Convenção 158 da OIT, a redução dos juros e a redução da jornada sem redução de salários e direitos.

CUT- Arquivo
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Em 14 de agosto de 2009, a Jornada Nacional Unificada de Lutas mobilizou em várias cidades do país onde milhares de trabalhadores e militantes sociais foram às ruas para fortalecer a luta por redução da jornada de trabalho sem redução de salários, entre outras reivindicações.

CUT -Arquivo
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No mesmo ano em 11 de novembro, o tema da redução de jornada esteve presente na 6ª Marcha Nacional da Classe Trabalhadora.

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Em outra campanha de 2010 “Reduz para 40 que o Brasil aumenta”, a CUT ressaltou com mais tempo para cuidar da família e para o lazer, a redução da carga horária, com a manutenção do salário, traria mais oportunidades para a abertura de outras vagas de trabalho, além do aumento do bem-estar do trabalhador e da trabalhadora.

 

CUT -Arquivo
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No ano seguinte (2011) no Dia Nacional de Mobilizações, em 6 de julho, a CUT, com o apoio da Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS), que é integrada pela UNE, MST, CMP, Marcha Mundial das Mulheres, entre outras entidades, saiu às ruas em defesa das suas reivindicações e entre elas, a redução da jornada de trabalho.

Dino Santos
Dino Santos

Na Jornada Nacional de lutas de 2012, uma das principais bandeiras foi a redução da jornada de trabalho sem redução de salários.

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Convocados pela CUT, demais centrais sindicais e movimentos sociais, milhares de trabalhadores e trabalhadoras saíram às ruas, em 11 de julho de 2013, realizando atos e paralisações em várias cidades do País. A pauta incluía a redução da jornada de trabalho sem redução de salários.

CUT - Arquivo
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Em 9 de abril de 2014 a redução de jornada para 40 horas semanais também foi pauta 8º Marcha da Classe Trabalhadora.

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No 1º de Maio de 2014, em seus 30 anos, a CUT, mais uma vez, levou para as ruas e praças as reivindicações dos trabalhadores, entre elas a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.

 CUT- CE - Arquivo
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 A CUT, no entanto, entende que o fim da escala 6X1 e a redução de jornada para 40 horas semanais têm de se ater a determinadas categorias profissionais, já que outras têm horários diferenciados em virtude da periculosidade ou do tipo de trabalho que exercem, como a saúde, a educação, entre outras. Os sindicatos dessas categorias com muita luta conseguiram conquistar suas jornadas diferenciadas para maior proteção ao trabalhador e à trabalhadora, o que deve ser respeitado.

Na Jornada Nacional de Lutas; do próximo 1º de maio, os trabalhadores defenderão ainda a Justiça Tributária – isenção de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), para quem ganha até R$ 5 mil; a atuação da CUT no BRICS e na COP 30, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, que será realizada em Belém (PA), entre outros temas.

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