47 a 27: Senadores derrotam a reforma trabalhista de Bolsonaro

Em nova derrota ao governo Bolsonaro, o Senado rejeitou hoje, por 47 votos a 27, a proposta de uma nova reforma trabalhista. O projeto sobre a desculpa de “geração de empregos”, ainda mais agressivo do que a reforma trabalhista, o novo regime de precarização não teria direito a férias, 13º salário e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

O texto havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados com mais de 300 votos no último dia 12. O Senado tinha até a próxima terça-feira (7) para votar a medida.

Com exceção do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e do relator, Confúcio Moura (MDB-RO), os 30 senadores que discursaram durante o debate da proposta defenderam a rejeição. Os parlamentares contrários reforçaram que trata-se de ampla precarização das relações de trabalho para os jovens.

O relator Confúcio Moura ainda tentou construir alternativas para a aprovação do projeto, removendo do texto normas incluídas na câmara que alteravam as regras da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). A articulação, porém, não foi suficiente para alterar substancialmente o conteúdo do projeto e convencer os parlamentares.

Veja a lista de senadores que votaram “não” — ou seja, contra a nova reforma trabalhista:

  • Acir Gurgacz (PDT-RO)
  • Alessandro Vieira (Cidadania-SE)
  • Alvaro Dias (Podemos-PR)
  • Carlos Portinho (PL-RJ)
  • Cid Gomes (PDT-CE)
  • Daniella Ribeiro (PP-PB)
  • Davi Alcolumbre (DEM-AP)
  • Dário Berger (MDB-SC)
  • Eduardo Braga (MDB-AM)
  • Eliziane Gama (Cidadania-MA)
  • Fabiano Contarato (Rede-ES)
  • Flávio Arns (Podemos-PR)
  • Humberto Costa (PT-PE)
  • Izalci Lucas (PSDB-DF)
  • Jaques Wagner (PT-BA)
  • Jean Paul Prates (PT-RN)
  • Jorge Kajuru (Podemos-GO)
  • Jorginho Mello (PL-SC)
  • José Aníbal (PSDB-SP)
  • Kátia Abreu (PP-TO)
  • Lasier Martins (Podemos-RS)
  • Leila Barros (Cidadania-DF)
  • Lucas Barreto (PSD-AP)
  • Mara Gabrilli (PSDB-SP)
  • Marcelo Castro (MDB-PI)
  • Marcos do Val (Podemos-ES)
  • Nilda Gondim (MDB-PB)
  • Omar Aziz (PSD-AM)
  • Oriovisto Guimarães (Podemos-PR)
  • Otto Alencar (PSD-BA)
  • Paulo Paim (PT-RS)
  • Paulo Rocha (PT-PA)
  • Plínio Valério (PSDB-AM)
  • Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
  • Reguffe (Podemos-DF)
  • Renan Calheiros (MDB-AL)
  • Roberto Rocha (PSDB-MA)
  • Rodrigo Cunha (PSDB-AL)
  • Rogério Carvalho (PT-SE)
  • Romário (PL-RJ)
  • Rose de Freitas (MDB-ES)
  • Simone Tebet (MDB-MS)
  • Styvenson Valentim (Podemos-RN)
  • Tasso Jereissati (PSDB-CE)
  • Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB)
  • Weverton (PDT-MA)
  • Zenaide Maia (PROS-RN)

Vitória dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras! Rejeitamos no @SenadoFederal os absurdos propostos pelo atual governo federal, que queria promover uma minirreforma na legislação trabalhista. As mudanças propostas pela MP 1045 inviabilizavam ainda mais o acesso à justiça do trabalho, além de descumprir direitos fundamentais, como a preservação da saúde e a segurança dos trabalhadores. Importante recado do Senado ao país! Jaques Wagner (PT-BA), senador.

 

Confira quem votou “sim”, ou a favor da nova reforma trabalhista:

  • Angelo Coronel (PSD-BA)
  • Antonio Anastasia (PSD-MG)
  • Carlos Fávaro (PSD-MT)
  • Carlos Viana (PSD-MG)
  • Chico Rodrigues (DEM-RR)
  • Confúcio Moura (MDB-RO)
  • Eduardo Girão(Podemos-CE)
  • Eduardo Gomes (MDB-TO)
  • Eliane Nogueira (PP-PI)
  • Elmano Férrer (PP-PI)
  • Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE)
  • Fernando Collor (PROS-AL)
  • Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ)
  • Giordano (MDB-SP)
  • Irajá (PSD-TO)
  • Jayme Campos (DEM-MT)
  • Luis Carlos Heinze (PP-RS)
  • Luiz do Carmo (MDB-GO)
  • Mailza Gomes (PP-AC)
  • Marcio Bittar (MDB-AC)
  • Marcos Rogério (DEM-RO)
  • Mecias de Jesus (Republicanos-RR)
  • Nelsinho Trad (PSD-MS)
  • Soraya Thronicke (PSL-MS)
  • Sérgio Petecão (PSD-AC)
  • Vanderlan Cardoso (PSD-GO)
  • Wellington Fagundes (PL-MT)

Houve apenas uma abstenção, do senador Zequinha Marinho (PSC-PA). Outros dois — Esperidião Amin (PP-SC) e Jader Barbalho (MDB-PA) — não compareceram, e mais três — Jarbas Vasconcelos (MDB-PE), Maria do Carmo Alves (DEM-SE) e Telmário Mota (PROS-RR) — se ausentaram por licença ou atividade parlamentar.

Rodrigo Pacheco (DEM-MG), como presidente do Senado, não vota.

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