O dia 25 de novembro marca o início da campanha 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra Mulheres e Meninas, mobilização internacional que segue até 10 de dezembro e que chama atenção para os diferentes tipos de violência que afetam milhões de mulheres no Brasil.
A data chega em um cenário preocupante. De acordo com dados nacionais, quatro mulheres são vítimas de feminicídio todos os dias no país. Mais de 65 por cento desses crimes acontecem dentro da casa da vítima e geralmente são cometidos por parceiros ou ex-parceiros. As mulheres negras seguem sendo as mais atingidas, representando cerca de 62 por cento das vítimas.
A violência doméstica provoca impactos profundos na vida das famílias e na rotina de trabalho. Afeta a saúde emocional, causa afastamentos, gera insegurança e perda de renda, compromete o desempenho e leva ao esgotamento físico e mental. Filhos e filhas que convivem com agressões enfrentam traumas e dificuldades escolares, ampliando os efeitos da violência para toda a estrutura familiar.
Dentro do setor metalúrgico, essa realidade também se reflete no ambiente de trabalho. A violência sofrida em casa acompanha a trabalhadora até a fábrica e interfere diretamente na concentração, na segurança durante as atividades e na estabilidade profissional. Por isso, o debate não pertence apenas ao campo doméstico. É uma pauta que influencia saúde, produtividade e qualidade de vida.
A campanha deste ano também destaca o crescimento da violência digital, que inclui perseguição online, exposição indevida, invasão de privacidade e ameaças. Muitas vezes, esses ataques fazem parte do mesmo ciclo de agressões que começam na vida offline.
O Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Feira de Santana e Região reforça seu compromisso com a proteção das mulheres e com o combate a todas as formas de violência. A defesa da dignidade, da segurança e dos direitos das trabalhadoras é parte fundamental do trabalho sindical.
Quem estiver em situação de risco ou souber de casos de violência pode buscar ajuda pelos seguintes canais:
Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher
190 – Emergência
Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher
Aplicativo Proteja Brasil
A violência contra mulheres é um problema social que atinge famílias, comunidades e locais de trabalho. Falar, denunciar e mobilizar é essencial para salvar vidas.